domingo, 7 de novembro de 2010

Escala de Ramsay

A Escala de Ramsay é usada para avaliar o grau de sedação de pacientes em uso de fármacos. Visa evitar a sedação insuficiente (o paciente pode sentir dores) ou demasiadamente excessiva (colocando-o em risco de morte)cos.

Tridil

Solução injetável 5 ml e 10 ml. 

Tridil, quimicamente o 1, 2, 3 trinitrato de propanotriol (nitroglicerina), é um vasodilatador coronariano, cuja principal ação farmacológica é o relaxamento da musculatura vascular lisa. Apesar da predominância dos efeitos em nível venoso, a nitroglicerina produz dilatação, tanto em nível arterial como em nível venoso, em relação direta com a dose. Já a administração de Tridil, na forma de solução injetável, permite a obtenção rápida de altas concentrações de nitroglicerina na circulação sistêmica e pronto início da terapia, principalmente no tratamento urgente da insuficiência cardíaca congestiva e da isquemia aguda.

 Indicações

Tridil (nitroglicerina) é indicado para tratamento de hipertensão pré-operatória; para controle de insuficiência cardíaca congestiva, no ajuste do infarto agudo do miocárdio, para tratamento de angina pectoris em pacientes que não respondem à nitroglicerina sublingual e aos betabloqueadores e para indução de hipotensão intra-operatória.

Contra-indicações

São extremamente raras as reações alérgicas aos nitratos orgânicos, mas existem. Tridil é contra-indicado em pacientes alérgicos à nitroglicerina ou aos componentes da fórmula. Em pacientes com tamponamento pericárdico, cardiomiopatia restritiva ou pericardite constritiva, o débito cardíaco é dependente do retorno venoso. A nitroglicerina intravenosa está contra-indicada aos pacientes com estas condições.

Reações adversas / Efeitos colaterais 

As reações adversas ao Tridil (nitroglicerina) são em geral ligadas à dose e quase todas estas reações são o resultado da atividade de nitroglicerina como vasodilatador. A cefaléia, que pode ser grave, é o efeito colateral mais comumente informado.

Tridil - Posologia
Não se destina à injeção intravenosa direta. Tridil (nitroglicerina) é uma droga potente concentrada, que deve ser diluída em dextrose (5%) para injeção USP ou cloreto de sódio (0,9%) para injeção USP antes de sua infusão. Tridil não deve ser misturado com outras drogas. 1. Diluição inicial: Transferir assepticamente o conteúdo de uma ampola de Tridil (contendo 25 ou 50 mg de nitroglicerina para um frasco de vidro de 500 ml com dextrose (5%) para injeção USP ou cloreto de sódio (0,9%) para injeção USP. Isto leva a uma concentração de 50 mcg/ml ou 100 mcg/ml. A diluição de 5 mg de Tridil em 100 ml dará também uma concentração final de 50 mcg/ml. 2. Diluição de manutenção: É importante considerar os requisitos de fluidos dos pacientes, assim como a duração esperada de infusão, na seleção da diluição apropriada de TridilTridil não deve exceder 400 mcg/ml (nitroglicerina). Após a titulação de dosagem inicial, a concentração da solução poderá ser aumentada, se necessário, para limitar os fluidos dados ao paciente.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sinal de Babinski


O sinal de Babinski, observado quando há a extensão do hálux e a abertura em leque dos dedos em decorrência de um estímulo na planta do pé, foi descrito inicialmente por Joseph Jules François Félix Babinski (1903), neurologista que lhe dá o nome como indicativo de lesão neurológica. A presença do sinal representa a desinibição do relexo espinal normal decorrente de lesão das vias inibitórias descendentes desde o cérebro ou medula espinal.

Clinicamente, o sinal de Babinski é produzido passando-se cuidadosamente na parte lateral do pé um objeto de ponta arredondada e estendendo o estímulo discretamente para o aspecto medial através da área metatársica. A resposta positiva tem dois componentes: dorsiflexão do hálux e abdução discreta (abertura em leque) dos outros artelhos. No relexo normal, observado nas crianças com mais de dois anos e nos adultos, há a flexão plantar dos dedos do pé em resposta ao estímulo.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Síndrome de Guilain_Barré

A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é caracterizada por uma inflamação aguda com perda da mielina (membrana de lipídeos e proteína que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso) dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos (nervos que emergem de uma parte do cérebro chamada tronco cerebral e suprem às funções específicas da cabeça, região do pescoço e vísceras).
Causa

A síndrome de Guillain Barré tem caráter autoimune. O indivíduo produz auto-anticorpos contra sua própria mielina. Então os nervos acometidos não podem transmitir os sinais que vêem do sistema nervoso central com eficiência, levando a uma perda da habilidade de grupos musculares de responderem aos comandos cerebrais. O cérebro também recebe menos sinais sensitivos do corpo, resultando em inabilidade para sentir o contato com a pele, dor ou calor.
Em muitas pessoas o início da doença é precedido por infecção de vias respiratórias altas, de gastroenterite aguda e num pequeno número de casos por vacinação especialmente contra gripe e em raras ocasiões contra hepatite B. Antecedentes de infecções agudas por uma série de vírus tais como, Epstein Bar, citomegalovirus, HTLV, HIV, e diversos vírus respiratórios têm sido descritos.

Incidência
A doença é rara com incidência estimada em uma pessoa para cada100.000.
Manifestações Clínicas
  • Dor nos membros inferiores seguida por fraqueza muscular progressiva de distribuição geralmente simétrica e distal que evolui para diminuição ou perda dos movimentos de maneira ascendente com flacidez dos músculos
  • Perda dos reflexos profundos (Figura 1) de início distal, bilateral e simétrico a partir das primeiras horas ou primeiros dias
  • Sintomas sensitivos: dor neurogênica, queimação e formigamento distal
    Pode haver alteração da deglutição devido a acometimento dos nervos cranianos XI, X e IX (relacionados com a deglutição), e paralisia facial por acometimento do VII par craniano (que inerva os músculos da face); a paralisia facial pode ser bilateral
  • Comprometimento dos centros respiratórios com risco de parada respiratória
    Sinais de disfunção do Sistema Nervoso Autônomo traduzidos por variações da pressão arterial (pressão alta ou pressão baixa), aumento da freqüência ou arritmia cardíaca, transpiração, e, em alguns casos, alterações do controle vesical e intestinal
  • Alteração dos movimentos dos olhos decorrente de acometimento do III, IV e VI nervos cranianos e ataxia cerebelar (déficit de equilíbrio e incoordenação) associada a ptose palpebral (pálpebra caída) e perda dos reflexos sobretudo na variante Miller-Fisher
  • Assimetria importante da fraqueza muscular ou da perda de movimento, distúrbios graves de sensibilidade e disfunção vesical ou intestinal persistentes induzem questionamentos embora não excluam o diagnóstico
Figura 1:



Evolução
A doença progride por três ou quatro semanas até atingir um platô com período de duração que pode variar de semanas a meses para então entrar na fase de recuperação que pode durar anos. Geralmente o máximo da recuperação da força muscular e dos reflexos acontece após 18 meses do início dos sintomas.
Exames Complementares
  1. O exame de líquido cefalorraquidiano (líquido que circula entre o cérebro ou medula e os ossos do crânio ou da coluna respectivamente) demonstra elevação importante da proteína com número de células normal ou próximo do normal a partir da primeira ou segunda semana. Nas infecções do sistema nervoso central (meningoencefalites), um dos diagnósticos diferenciais, a proteína é elevada e o número de células também. Líquido cefalorraquidiano normal não exclui o diagnóstico quando este é feito na primeira semana. O aumento máximo de proteínas no líquido cefalorraquidiano acontece após quatro a seis semanas de início dos sintomas da doença.
  2. A eletrofisiologia ou eletroneuromiografia (exame que mede a atividade elétrica dos músculos e a velocidade de condução dos nervos) demonstra diminuição da velocidade de condução nervosa (sugestiva de perda de mielina) podendo levar várias semanas para as alterações serem definidas.

Tratamento
Na fase aguda, primeiras quatro semanas de início dos sintomas, o tratamento de escolha é a plasmaferese ou a administração intravenosa de imunoglobulinas.
Fase Aguda
  1. Havendo insuficiência respiratória (10 -30% dos casos), o paciente deve permanecer em Unidade de Terapia Intensiva.
  2. Na presença de distúrbios da deglutição, a alimentação deve ser oferecida por uma sonda que vai da boca até o estômago.
  3. Plasmaferese (método no qual todo o sangue é removido do corpo e as células do sangue são separadas do plasma ou parte líquida do sangue, e então, as células do sangue são infundidas no paciente sem o plasma, o que o corpo rapidamente repõe) nas primeiras quatro semanas de evolução da doença para pacientes gravemente envolvidos. Embora seja um dos tratamento de escolha, não se conhece exatamente seu modo de ação, mas acredita-se que seja pela retirada do plasma contendo elementos do sistema imunológico que podem ser tóxicos à mielina.
  4. Altas doses de imunoglobulinas (anticorpos), administradas por via intra-venosa podem diminuir o ataque imunológico ao sistema nervoso. O tratamento com imunoglobulinas pode ser utilizado em substituição à plasmaferese com a vantagem de sua administração ser mais fácil. Não se conhece muito bem o mecanismo de ação deste método.
  5. Posicionamento adequado no leito objetivando prevenir o desenvolvimento de úlceras de pele por pressão ou deformidades articulares.
  6. Movimentação passiva das articulações durante todo o período que precede o início da recuperação funcional para evitar deformidades articulares.
Fase de Recuperação
  1. Reforço da musculatura que tem alguma função.
  2. Órteses leves objetivando favorecer a deambulação na presença de fraqueza distal persistente.
  3. Havendo deficiência motora importante após dois anos do início da doença, o programa de tratamento deve objetivar o maior grau de independência possível na locomoção e nas atividades de vida diária (atividades do dia-a-dia de uma pessoa).
Prognóstico
Melhora clínica, eletrofisiológica e funcional acontece, geralmente, até 18 meses após o início da doença. Porém, o espectro clínico da síndrome de Guillain-Barré é muito amplo. A maioria das pessoas acometidas se recuperam em três meses após iniciados os sintomas. A necessidade de ventilação mecânica e a ausência de melhora funcional três semanas após a doença ter atingido o pico máximo são sinais de evolução mais grave.

domingo, 24 de outubro de 2010

Anasarca

Anasarca é o edema generalizado. É caracterizada pelo excesso de líquido no interstício e no interior das próprias células, por todo corpo, e apresenta fisiopatologia variada conforme os mecanismos responsáveis por sua produção.

Anasarca

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O texto como placebo

A palavra placebo (do latim agradarei) refere-se a uma substância ou um procedimento que teoricamente não faria efeito sobre o organismo, mas que acaba tendo resultados terapêuticos, pela crença que uma pessoa deposita nela. Pergunta: é o texto um placebo? No caso da ficção, pode-se dizer que sim. É algo que resulta da imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo; mas, quando agrada o espectador ou o leitor (um objetivo implícito na própria criação ficcional), exerce um efeito que poderíamos chamar de terapêutico. A ficção ajuda a viver. E isso inclui uma melhora da saúde – pelo menos do ponto de vista psicológico. Para muitas pessoas a leitura é um amparo, um consolo, uma terapia. Daí nasceu inclusive um gênero de livros que se tornou popular: as obras de autoajuda. Diferentemente da ficção, elas aconselham o leitor acerca de problemas específicos: luto, controle do stress, divórcio, depressão, ansiedade, relaxamento, autoestima, e até a felicidade. Esse tipo de leitura faz um enorme sucesso; não há livraria que não tenha uma seção destinada especialmente à autoajuda.

Um dos autores mais conhecidos dessa área é o médico hindu Deepak Chopra. Formado em medicina pela Universidade de Nova Déli, na Índia, emigrou para os Estados Unidos, especializou-se em endocrinologia e trabalhou no New England Memorial Hospital, em Massachusetts. Uma carreira médica habitual, portanto, que mudou em 1985, quando Chopra fundou a Associação Americana de Medicina Védica. Em 1993, mudou-se para San Diego, na Califórnia, onde fundou o The Chopra Center For Well Being. Ainda no mesmo estado, agora em La Jolla, criou em 1996 o Chopra Center. Fazendo um parênteses: a Califórnia é um conhecido reduto da vida e da medicina alternativas, como aromaterapia, osteopatia, toque terapêutico, terapia floral e outras.

Deepak Chopra é autor de mais de 50 livros de autoajuda, que, traduzidos em 35 idiomas, fi zeram enorme sucesso; em 1999, a revista americana Time incluiu-o na sua lista das 100 personalidades do século, como o “poeta e profeta das terapias alternativas”. As obras mostram a diversidade de áreas que Chopra aborda: ele fala de religião e misticismo (budismo,cristianismo, cabala), dá conselhos a pais, aborda o envelhecimento, aconselha sobre guerra e paz, fornece “sete leis espirituais” para o sucesso, e publicou dois romances, em 1999, Lords of light (Senhores da luz), e em 2000, The angel is near (O anjo está perto). Também fundou, com seu fi lho, Gotham Chopra, uma editora de revistas em quadrinhos e criou, junto com dois colaboradores, um tarô cabalístico composto de 22 cartas, cada uma das quais representa a história de um personagem do Antigo Testamento.

Não faltam críticos para a medicina alternativa. O argumento principal é de que a medicina moderna deve se basear em evidências resultantes de estudos experimentais, epidemiológicos, estatísticos, o que não acontece com muitos dos métodos alternativos. Isto não quer dizer que esse tipo de tratamento não funcione, ou que a literatura de autoajuda não surta efeito. Neste último caso, o que temos é um apelo espiritual ou psicológico traduzido na palavra escrita, que, ao longo do tempo, sempre teve uma aura de autoridade e de verdade. Não por acaso as três grandes religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, baseiam-se em textos: o Antigo Testamento, o Novo Testamento, o Corão. Os muçulmanos, aliás, falam nos “povos do livro”. Por outro lado, a própria medicina tem uma longa tradição de obras escritas para o público em geral. Aquele que foi, talvez, o pioneiro de todos eles, o Regimen Sanitatis Salernitanum (Regime de Saúde da Escola de Salerno) – uma das primeiras escolas médicas do Ocidente – datada do século XII ou XIII, e dá conselhos em versos, para facilitar a leitura e a memorização. Creia-se ou não na autoajuda, ela encerra uma lição, que vale para a medicina científica: o paciente precisa do amparo das palavras. Se não encontrar um médico com quem possa falar, recorrerá aos livros de autoajuda. E isso é um problema porque, como se sabe – e diferentemente de nosso organismo – o papel aceita tudo.

por Moacyr Scliar

Manobra de Valsalva

       A manobra de Valsalva (criada pelo médico italiano Antonio María Valsalva) é qualquer tentativa de exalar ar com a glote fechada ou com a boca e o nariz fechadas. Conhece-se também como teste de Valsalva ou método de Valsalva. A intenção inicial de Valsalva era criar uma forma de expulsar o pus do ouvido médio.
Uma Valsalva efetuada com a glotis fechada tem como resultado um drástico aumento da pressão dentro da cavidade torácica, a parte do tórax que engloba aos pulmões e ao coração. Em uma expiração normal, o diafragma se relacha, ascendendo para a cavidade torácica, fazendo com que aumente a pressão no interior dos pulmões e o ar sai expelido. Desta forma, com a glotis fechada o ar não pode escapar e aumenta a pressão na cavidade torácica até que o ar é expulso ou se volta a relachar o diafragma. Como efeito, se reduz o fluxo sanguíneo dentro da cavidade torácica, especialmente nas veias próximas ao atrio direito do coração.

A manobra de Valsalva usa-se como técnica para igualar as pressões interna e externa nas pratica do mergulho e nos passageiros dos aviões para evitar barotraumas e moléstias no interior de seus ouvidos quando varia a pressão externa.  Para aplicar pressão na trompas de Eustáquio, o mais comum é fechar o nariz com os dedos, fechar a boca e tentar exalar com força. Esta técnica funciona ao aumentar a pressão na garganta, de forma que uma pequena quantidade de ar se move para os ouvidos através das trompas de Eustaquio, que ligam ambas zonas. Ademais, aumenta-se a pressão intratorácica.

A gente faz manobras de Valsalva involuntariamente e sem dar-se conta quando enche um balão ou uma bola ou quando faz força ao defecar. O aumento da força torácicoabdominal também se dá ao tossir, comer, engolir.Pode-se usar também a manobra para detecção de hérnias na região abdominal e torácica. Com o aumento da pressão interna, a região da herniação irá se evidenciar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lipotímia

Lipotímia é a sensação de desmaio , sem que esse, efetivamente ocorra.

Síncope

Síncope ou Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e consequentemente da postura, devido a isquemia cerebral transitória generalizada (redução na irrigação de sangue para o cérebro). Existe sempre recuperação espontânea da consciência na síncope.

A síncope pode ser secundária a fatores cardíacos seja por ( arritmia ou cardiopatia obstrutiva) ou mais frequentemente devido a uma alteração reflexa ou resposta neuromediada do sistema nervoso autônomo que controla a pressão arterial e a frequência cardíaca. No caso de síncope neuromediada ou reflexa (Síncope Vasovagal), o indivíduo geralmente tem sintomas prodrômicos (que antecedem a perda de consciência), podendo apresentar: palidez, tontura, fraqueza, sudorese aumentada, visão turva e mais raramente, convulsões. Habitualmente, o doente recupera rapidamente a consciência após a queda, pois existe de novo retorno de sangue ao coração que estava sequestrado nos membros inferiores. Este tipo de síncope apesar de frequente, é geralmente benigno e com bom prognóstico, inversamente do que se observa na síncope de etiologia cardíaca.

Síncope é um problema frequente, sendo responsável por aproximadamente 1 a 6% de todas as admissões hospitalares. Cerca de 30% das pessoas têm pelo menos uma síncope, e em mais de 40% existe recidiva, sobretudo nos primeiros 12 meses após o primeiro episódio.

O termo "desmaiar" ou "desfalecer" é sinônimo de síncope (termo médico). Síncope pode acontecer devido a muitas causas, e diagnosticar a causa exata pode ser difícil.

A causa mais frequente de síncope é a neuromediada, reflexa ou vasovagal e o seu diagnóstico faz-se pelas características clínicas e confirma-se pela reprodução de sintomas no teste de inclinação ortostática. É muito importante excluir como causa de síncope a origem cardíaca devido ao mau prognóstico se não identificado o problema com risco elevado de morte súbita.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DIPIRONA

Dipirona (ou metamizol) é o analgésico mais usado e a primeira escolha na analgesia em urgência e emergência.

Apresenta-se em ampola de 2 ml, com 500mg por ml. Ou seja, uma ampola possui 1 g de dipirona.

Pode ser feito de uma única vez até 5 ml (2,5 g) para analgesia em caso de dor.

Deve-se sempre diluir em soro fisiológico ou água para injeção, pois gera ardência e pode causar necrose na região aplicada. A diluição pode ser de 4 ml para cada 1 ml de dipirona

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sinal de Cacifo

Sinal de Cacifo, também chamado apenas de Cacifo ou Sinal de Godet, é pesquisado pressionando um ou dois dedos na pele do paciente em uma região com edema. O sinal é positivo quando, após a descompressão, o tecido continua apresentando uma depressão.



Ascite

 Ascite (também conhecida como "barriga d´água" ou hidroperitônio) é o nome dado ao acúmulo de líquido no interior do abdome. Esse líquido pode ter diversas composições, como linfa (no caso da ascite quilosa, causada por obstrução das vias linfáticas), bile (principalmente como complicação da retirada cirúrgica da vesícula biliar), suco pancreático (na pancreatite aguda com fístula), urina (no caso de perfuração das vias urinárias) e outras. Mas, no contexto de doença do fígado com hipertensão portal ( cirrose, esquistossomose e outras), a ascite é o estravazamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal, principalmente através do peritônio, provocado por uma somatória de fatores.

Sinal de Piparote

O Sinal de Piparote é um sinal médico indicativo de ascite. Piparote positivo ocorre quando fazemos uma percussão no abdome do paciente e notamos a propagação de uma onda do líquido ali acumulado. A percussão deve ser feita em região de flanco para observar a propagação da coluna de líquido para o lado oposto.

Sinal de Lasegue

O Sinal de Lasegue é pesquisado fazendo a flexão da perna sobre o tronco, mantendo o membro inferior reto. O Sinal de Lasegue aparece quando há dor na face posterior da perna.


Quando presente, é indicativo de dor ciática ou ainda de meningite.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Manitol

O manitol é um diurético osmótico; eleva a osmolalidade do plasma sangüíneo e produz um aumento
do fluxo de água a partir dos tecidos, inclusive o encéfalo e LCR, até o líquido intersticial e o plasma.
Dessa forma, pode-se reduzir o edema cerebral, a pressão intracraniana elevada e o volume de pressão
do LCR. Induz a diurese, já que não é reabsorvido no túbulo renal, e aumenta a osmolalidade do
filtrado glomerular; facilita a excreção de água e inibe a reabsorção tubular renal de sódio, cloretos e
outros solutos. Dessa forma, promove a excreção urinária de tóxicos com um efeito protetor na
nefrotoxicidade, ao evitar a concentração de substâncias tóxicas no líquido tubular. Quando usado
como solução para irrigação na ressecção prostática transuretral, as soluções diluídas de manitol podem
minimizar o efeito hemolítico da água isolada. Assim, pode-se reduzir a entrada de sangue hemolisado
na circulação e a hiper-hemoglobinemia resultante. Metaboliza-se somente em uma pequena proporção
e, nesta medida, o faz no fígado a glicogênio. Sua meia-vida é de 100 minutos, porém pode aumentar a
36 horas em caso de insuficiência renal grave.O início da diurese efetiva-se em 1 a 3 horas e elimina-se
por via renal.

INDICAÇÕES
Alívio sintomático do edema, oligúria em insuficiência renal grave, edema cerebral, hemólise e
hipertensão ocular (para reduzir a pressão intraocular elevada, após terem fracassado outros métodos).

DOSAGEM
Adultos - como diurético: infusão IV, 50 a 100g em solução de 5 a 25% para manter um fluxo urinário
de, pelo menos, 30 a 50ml por hora; edema cerebral, hipertensão endocraniana, glaucoma: infusão IV,
1,5 a 2g/kg em solução de 15 a 25% durante 30 a 60 minutos; como anti-hemolítico: solução a 2,5%
para irrigação de bexiga durante a ressecção prostática transuretral; como coadjuvante da terapêutica
para a eliminação de substâncias tóxicas: infusão IV, 50 a 200mg em solução de 5 a 25%, para manter
um fluxo urinário de 100 a 500ml/hora; dose máxima: 6g/kg/dia. Doses pediátricas usuais - como
diurético: infusão IV, 2g/kg em solução de 15 a 20% durante um período de 2 a 6 horas; edema
cerebral, pressão intracraniana elevada ou glaucoma: infusão IV, 1 a 2g/kg em solução de 15 a 20%
durante 30 a 60 minutos; para a eliminação de substâncias tóxicas: infusão IV, até 2g/kg em solução de
5 a 10%.

domingo, 22 de agosto de 2010

Rash Cutâneo

O "rash" é uma erupção cutânea caracterizada por lesões eritematosas (vermelhas), papulosas ("empoladas"), puntiformes, com distribuição generalizada (acometendo várias áreas corporais) e podendo ser pruriginosas ou não ("coçar" ou não). Em geral, acomete a face, tronco, membros superiores e inferiores, mas pode estar ausente em uma ou duas destas regiões.

Exantema também é sinônimo de rash cutâneo, que pode ser causado em decorrência do uso de alguns medicamentos (reações adversas). O rash tem aspecto avermelhado e pode se elevar na pele.

Exantema por definição é o aparecimento de manchas ou pápulas (para além da mancha também há elevação da lesão) na pele. Este tipo de lesão pode ser única ou existirem várias e pode ocorrer apenas numa região específica do corpo (rash localizado) ou então espalhar-se por todo o corpo (rash disseminado ou generalizado). Há inúmeras causas para o aparecimento de exantemas que geralmente são de curta duração e ocorrem em doenças febris de origem infecciosa ou parasitária, ou ainda em intoxicações medicamentosas e também nos casos de infecção por HIV. No caso da infecção ser por HIV, o rash é macular eritematoso (manchas avermelhadas que não são salientes) e disseminado.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Lançamento - FISIOLOGIA ESSENCIAL



Já está pra ser lançado o livro de Fisiologia Médica escrito pelo professor Mourão, do departamento de fisiologia da UFJF. Já tive oportunidade de ler alguns capítulos mesmo antes do lançamento e só posso dizer uma coisa: o livro está fantástico. Pode ter certeza que estarei na fila da livraria para comprar o meu. Recomendo a todos.

Azotemia

Azotemia é uma alteração bioquímica que se refere a uma elevação plasmática/sanguínea dos níveis de compostos de nitrogénio/azoto, como uréia e creatinina. Esta deve-se amplamente a uma taxa de filtração glomerular diminuída. A azotemia surge no contexto de uma grande diversidade de patologia renal, mas também pré-renal e pós-renal.

A causa pré-renal é devida a um excesso de proteínas ou aumento do catabolismo protéico e, também, a uma redução do volume sanguíneo ou da circulação renal. Destacam-se entre as causas pré-renais: insuficiência cardíaca, hemorragias, desidratação aguda (decorrentes de vômitos e diarréias), alimentação rica em proteínas e nível aumentado de cortisol (este também estimula o catabolismo protéico).

A causa renal decorre de uma doença renal aguda ou crônica, que leva à diminuição da taxa de filtração glomerular.

A causa pós-renal compreende um aumento desproporcional de uréia em relação à creatinina. Isso se deve ao processo de difusão retrógrada da uréia, quando a urina já está formada. Também compreende obstruções do trato urinário, causadas por nefrolitíase e tumores.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escala de Glasgow


A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica que parece constituir-se num método confiável e objetivo de registrar o nível de consciência de uma pessoa, para avaliação inicial e contínua após um traumatismo craniano. Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e é de grande utilidade na previsão de eventuais seqüelas. Inicialmente usado para avaliar o nível de consciência depois de trauma encefálico, a escala é atualmente aplicada a diferentes situações. Ela é muito usada na área de emergência.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Escala de Apgar

Este índice foi criado por uma anestesista inglesa, Dra. Virgínia Apgar, na década de 50. É o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida extra-uterina, avaliando suas condições de vitalidade. Consiste na avaliação de 5 itens do exame físico do recém-nascido, com 1, 5 e 10 minutos de vida. Os aspectos avaliados são: freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. Para cada um dos 5 itens é atribuída uma nota de 0 a 2. Somam-se as notas de cada item e temos o total, que pode dar uma nota mínima de 0 e máxima de 10.

Uma nota de 8 a 10, presente em cerca de 90% dos recém-nascidos significa que o bebê nasceu em ótimas condições. Uma nota 7 significa que o bebê teve uma dificuldade leve. De 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau moderado, e de 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave. Se estas dificuldades persistirem durante alguns minutos sem tratamento, pode levar a alterações metabólicas no organismo do bebê gerando uma situação potencialmente perigosa, a chamada anóxia (falta de oxigenação).

O boletim Apgar de primeiro minuto é considerado como um diagnóstico da situação presente, índice que pode traduzir sinal de asfixia e da necessidade de ventilação mecânica. Já o Apgar de quinto minuto e o de décimo minuto são considerados mais acurados, levando ao prognóstico da saúde neurológica da criança (seqüela neurológica ou morte)

domingo, 8 de agosto de 2010

Ringer Lactato

Soluto de Ringer, Ringer, Ringer-lactato, cristalóides são soluções isotônicas ao plasma sanguíneo, formadas por eletrólitos ou moléculas de pequenas dimensões sem carga formal. Podem conter sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto, glicose e tampões, como acetato ou citrato, para manter as condições mais próximas as do sangue.


Seu uso principal é diluir o sangue, em casos onde há perda deste, de modo a evitar o choque hipovolêmico. Como apenas dilui o sangue, deve-se tomar o cuidado para que a concentração de hemoglobina, que permite o transporte de oxigênio, não fique muito baixa, o que favorece processos anaeróbicos e aumenta a acidez do sangue. Nestes casos é recomendado transfusão.

A escolha na utilização do soro Ringer Lactato é preferível à utilização do soro fisiológico.

É utilizado também como principal diluidor do sangue, em casos de hematomas sérios, em vez do sangramento cirúrgico dos mesmos. Demonstra-se extremamente eficaz reduzindo a massa hematómica, normalmente em 10% a cada 24 horas, dependendo do tipo de fisionomia do paciente. Deve ser unicamente administrado por profissionais de saúde